Gradil Costal
É
formado pelas costelas, esterno, apófises vertebrais e músculos relacionados a
estas estruturas.
As
Costelas
São
12 pares de costelas, sendo:
1)
sete pares de costelas verdadeiras (em que as terminações das sete costelas
superiores - de 1 a 7 - articulam-se com o esterno);
2)
três pares são costelas falsas (as costelas de 8 a 10 unem-se em cartilagens
ligadas ao esterno);
3)
as costelas 11 e 12 não têm qualquer conexão além do tecido mole da parede
anterior do abdômen ("flutuam", sendo por isso denominadas
costelas
flutuantes).
As
costelas de 2 a 10 têm suas cabeças localizadas entre dois corpos vertebrais,
fazendo articulação dupla. As costelas de números 1, 11 e 12 (a primeira e as
costelas flutuantes) têm suas cabeças se articulando com um único corpo
vertebral.
Os
eixos das articulações entre as costelas 2 e 6 e a coluna vertebral são
oblíquos, do mesmo modo que as próprias costelas; quando elevadas, estas
costelas aumentam o diâmetro ântero-posterior do tórax. Já as costelas de 7 a 10
giram em torno do eixo sagital, de modo que, quando são elevadas, aumentam o
diâmetro transversal do tórax.
Portanto, os arcos costais de 2 a 6 possuem dois eixos de movimento,
aumentando tanto o diâmetro ântero-posterior quanto o transverso (lateral),
enquanto que os arcos costais 7 a 10 produzem alargamento do diâmetro
transverso do tórax, mas não ampliam o ântero-posterior.
O
movimento do gradil costal é responsável por 25% do volume corrente inalado,
sendo o restante atribuído ao diafragma. No repouso, o diafragma sozinho pode
funcionar sem o movimento costal, mas na ventilação máxima, a capacidade
ventilatória pulmonar fica reduzida se os músculos respiratórios torácicos
estiverem paralisados.
Os
Movimentos dos Arcos Dorsais
Os
movimentos dos arcos costais que resultam na expansão do tórax e, portanto, em
inspiração, são três:
1)
O movimento do Arco da Bomba
2)
O movimento em alça de Balde
3)
O movimento de Rotação
1)
O
Movimento do Arco da Bomba
O
movimento da primeira costela é muito limitado. O movimento existente ocorre
como uma rotação da costela ao redor do eixo longitudinal do seu colo. Isto
resulta num movimento cranial ou caldal da extremidade esternal da costela e,
consequentemente, do esterno. Quando a extremidade esternal da costela
movimenta-se para cima, o ângulo entre o eixo da costela e sua cartilagem
costal é aumentado. Isto faz com que o esterno movimente-se para cima e para a
frente e, como resultado, produza um ligeiro aumento no diâmetro
ântero-posterior da cavidade torácica.
2)
O
Movimento em Alça de Balde
O
movimento das outras costelas esternais ocorre como uma rotação da costela ao
redor do eixo que passa através de seu ângulo e da extremidade esternal. Isto
leva a um movimento superior ou inferior do eixo da costela. As costelas têm o
formato e estão posicionadas de modo tal que quando a metade dos eixos é
levada superiormente, o diâmetro transversal da cavidade torácica é aumentado.
3)
O
Movimento de Rotação
O
eixo de rotação da primeira costela é tal que sua elevação aumenta o diâmetro
ântero-posterior porque empurra o esterno para a frente; esse arco costal é
horizontalizado apenas quando é utilizada a musculatura accessória.
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