Padrões Ventilatórios
São
definidos dois padrões ventilatórios:
costal
diafragmático
1)
Padrão Respiratório Costal
A)
Inspiração Costal Normal
Numa inspiração costal normal, os músculos intercostais externos aumentam o
volume torácico. Isso reduz a pressão torácica entre -5 e -10 cmH2O,
produzindo um volume corrente. Os músculos intercostais externos funcionam
como elevadores das costelas, em função de suas inserções.
B)
Expiração Costal Normal
A
expiração passiva ocorre em decorrência da retração elástica, que pode ser: 1)
extrínseca (torácica); 2) intrínseca (pulmonar).
1)
Retração elástica extrínseca torácica
A
elevação das costelas, produzida pela contração dos intercostais externos,
deforma a caixa torácica, sobretudo as cartilagens costais. Quando os
intercostais externos relaxam, a energia estocada (energia potencial elástica)
é liberada, rolando as costelas para baixo, de volta à sua posição de repouso
expiratório. A importância deste mecanismo diminui com a idade, em decorrência
da perda da elasticidade (rigidez) das cartilagens costais.
2)
Retração elástica intrínseca pulmonar
A
inspiração estira o tecido elástico pulmonar, que assim tende a retrair,
colapsando os pulmões. Os intercostais externos se contraem contra essa
retração, que fica libe- rada quando há relaxamento da musculatura
inspiratória. Doenças como enfisema pulmonar reduzem a retração elástica
pulmonar, dificultando o esvaziamento passivo pulmonar.
C)
Inspiração Costal Forçada
Ocorre quando é necessário um volume minuto acima de 7 L/min; contribui,
assim, para o volume de reserva inspiratório . Os principais músculos
accessórios ativados em auxílio aos intercostais externos são:
1) esternocleidooccipitomastoideos
2) escalenos
3) peitorais
D)
Expiração Costal Forçada
Colabora para os 1,2 L do volume de reserva expiratória, e visa criar uma
pressão pleural positiva, que comprime os pulmões, forçando a saída de ar.
Envolve a contração dos músculos intercostais internos e os músculos torácicos
transversais, que reduzem o volume torácico principalmente através do
abaixamento das costelas. O músculo quadrado lombar exerce um importante
efeito estabilizador das últimas costelas, indispensáveis como pontos de apoio
para o abaixamento de todo o gradil costal.
2)
Padrão Respiratório Diafragmático
A)
Inspiração Diafragmática
A
contração do diafragma abaixa a sua cúpula, aumentando o diâmetro longitudinal
do tórax, cuja excursão máxima pode chegar a 10 cm. O relaxamento simultâneo
dos músculos da parede anterior do tórax favorece essa inspiração, pois a
descida da cúpula diafragmática implica em mobilização das vísceras
abdominais.
B)
Expiração Abdominal
Contribui para o volume de reserva expiratória, pois antagoniza a ação do
diafragma. A contração da musculatura abdominal força as vísceras
subdiafragmáticas para cima, em direção ao tórax, reduzindo o volume deste.
Efeitos da Gravidade
Na
posição de pé ou sentada, a tendência é que as vísceras abdominais e torácicas
desçam, ao passo que, na posição horizontal, a gravidade puxa as vísceras
abdominais em direção ao tórax, dificultando a inspiração.
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